O podcast umapessoapordia.com.br nasceu como forma de registrar algo que para mim é o mais natural dos comportamentos: achar que tem uma história por trás de cada pessoa que vejo na rua. 

Mais do que isso: que todas elas são personagens muito mais completos do que a nossa simplória maneira de ser e se portar pode denunciar.

A partir dessa tendência bisbilhoteira não foram poucas as vezes que tentei registrar isso de alguma forma, normalmente em artigos em meu site pessoal. 

Daí, em janeiro de 2016, fiz um curso rápido sobre técnicas de Storytelling para podcast e um insight começou a ser decantado lá dentro, no lugar de onde nascem as histórias que quero produzir: “você tem que transformar cada vida dessas em uma narrativa contada em áudio.”

E venho, desde então, estudando formatos. Eu poderia ficar citando durante horas, as pérolas que são projetos como This American Life, 99% Invisible, Remarkable Lifes Tragic Deaths e os brasileiros Projeto Humanos, Vida Sonora e Coisas Que a Gente Cria. Em todos eles, em diferentes timbres, temos o banal tornando-se memorável, o histórico tornando-se próximo e a vida encontrando a posteridade, algumas vezes, ainda em vida.

Mas, sinto falta de algo que – na carência de mais talento para me expressar – , chamaria de “Voz do Pensamento Coletivo”. A maioria do produtores que, muito criteriosamente, dão vida às histórias que citei, o fazem em uma perspectiva do particular em confronto com o todo. Acho que o caminho pode ser diferente: ouvir tantas e quantas forem possíveis e, a partir do padrão encontrado nestas conversas, construir a narrativa. Usar o particular para (re)construir o todo.

Enfim, saindo um pouco do conceitual e indo para o mundo prático, esta dimensão paralela que às vezes visito, o projeto umapessoapordia.com.br nasce para dar vida a essas histórias e só pode fazer isso sendo coerente com o seu próprio nome. Como é isso? 

Na forma de um programa diário. 

Só que, pensar em coisas diárias requer tempo, planejamento e preparação. Física, inclusive. É neste momento em que estou. Buscando histórias, ouvindo pessoas, produzindo.

Se você tem a sua história e quer fazer dela um pequeno trecho desta longa trama, podemos começar com uma breve introdução: